
As pessoas olham para as IAs hoje como quem espera um milagre.
Não basta uma resposta correta. Querem algo que nunca viram. Um pensamento que não tiveram. Um insight tão inesperado que pareça mágica.
E a verdade é que, em muitos casos, o ChatGPT 5 já cumpre esse papel. Compare uma resposta dele com a de um amigo — não raro, o que sai da tela soa mais convincente, mais estruturado, mais… certeiro.
Mas aqui está o detalhe que quase ninguém comenta: por mais que a IA brilhe, a experiência, a cultura e a realidade fora das telas ainda pesam. E talvez, pelo menos hoje, em pleno 2025, tomar uma decisão puramente sob a perspectiva da máquina seja como navegar num mar sem bússola.
Porque existe algo que só você pode medir: os seus objetivos, as suas prioridades, os seus filtros. O que você decide absorver. O que você descarta. É um processo constante, íntimo, tão único quanto você.
Dizer que a IA está nos deixando mais “burros” é, no mínimo, ignorar a realidade. Estamos mais rápidos, mais confiantes, mais precisos.
E me lembro do que dizia minha avó: “Porcos que se juntam, farelo comem” — e, sim, o contrário também é verdade — “uma água suja no meio do oceano não pode poluí-lo, mas aquela água, naquele ponto, se fundirá e ficará limpa”.
No fundo, é disso que estamos falando: a influência é inevitável. O meio molda você… e você molda o meio. A questão é saber em qual lado da transformação você quer estar.

Graduado em Ciências Atuariais pela Universidade Federal Fluminense (UFF); Mestrando em Computação; Professor de IA e linguagem de programação; Autor de livros , artigos e apps; Idealizador dos portaisl ia.bio.br, iappz.com e ai.tec.re; Um jovem apaixonado pela vida, pelas amizades, pelas viagens, pelos sorrisos, pela praia, pelas baladas, pela natureza, pelo jazz e pela tecnologia.